Coleta de material
Coleta de material para exames em dermatopatologia do IDAP
Para seu conforto, fornecemos frascos de coleta, embalagem secundária, etiqueta e malote para a sua clínica. Peça o material por meio do telefone (11) 3063-2323 ou pelo WhatsApp: (11) 975347209.
Nosso horário para coleta é de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Agende seu(s) dia(s) e horários conforme sua conveniência. Não temos um volume mínimo para a coleta agendada.
Resultados de exames em dermatopatologia
Entrega de exames – Os resultados serão enviados em até cinco dias úteis ao seu consultório. Alguns exames podem ter o prazo de entrega alterado devido à necessidade de procedimentos complementares. Não se preocupe, enviaremos aviso para seu telefone ou e-mail cadastrado. Em casos de urgência, entre em contato.
Resultado de exames online – O resultado estará no site do IDAP a partir do final da tarde do terceiro dia útil, a contar a partir do dia e da hora da coleta. Você poderá ter acesso a eles utilizando login e senha exclusivos. Em casos excepcionais, enviaremos o resultado por meio de WhatsApp cadastrado.
Amostras para microscopia convencional devem conter uma vesícula ou bolha intacta, se possível. No caso de pequenas vesículas, é preferível a remoção por inteiro da lesão. Para lesões maiores, a amostra deve ser obtida da borda da lesão e deve conter tanto porção da bolha como da pele intacta. Uma biópsia por “punch” funciona bem para pequenas vesículas e pele perilesional. Uma biópsia por “shave” que se estenda à derme reticular é útil para amostrar uma bolha intacta maior.
Biópsias para imunofluorescência direta em doenças bolhosas de pele devem ser feitas da área não bolhosa ou de áreas perilesionais a mais ou menos 1,0 cm da bolha. Tanto a biópsia da lesão bolhosa como da pele longe da bolha estão associadas à maior taxa de resultados falso negativos. Amostras de extremidades inferiores também devem ser evitadas devido à maior taxa de falso negativo.
Amostras para microscopia convencional devem ser imersas em formalina a 10%. O tecido obtido para imunofluorescência direta, no entanto, não deve ser imerso em formalina e mesmo a imersão acidental em formol, ainda que breve, pode acarretar maior taxa de falsos negativos no exame nos casos de pênfigos. Mas, em geral, não causa maiores problemas em outros casos de doenças bolhosas da pele. Os meios preservantes indicados são os de Michael, Zeus ou soro fisiológico. O IDAP fornece o meio de Michael para transporte.
Enquanto alguns laboratórios alertam para o fato de que biópsias de pele para imunofluorescência não devem ser imersas em soro fisiológico, alguns estudos demostram que a solução salina é realmente um meio de transporte superior para espécimes de imunofluorescência direta e que seu uso diminui a fluorescência de fundo e aumenta a fluorescência específica. Caso você decida usar o soro fisiológico como meio de transporte, envie o material ao nosso laboratório dentro de 24 horas.
A biópsia perilesional, ao contrário do que ocorre com as amostras das doenças imunobolhosas da pele destinadas à imunofluorescência, não tem valor na maior parte dos pacientes com doenças do tecido conjuntivo. Isso porque os depósitos imunes estão presentes somente na pele alterada. Uma exceção a esta regra é a banda lúpica na pele normal fotoprotegida dos pacientes com lúpus eritematoso sistêmico.
Em todas as formas de alopecia, a borda ativa progressiva deve ser evitada porque lesões bem estabelecidas de alopecia têm maior probabilidade de prover um diagnóstico conclusivo. A amostra deve ser colhida com um “punch” com diâmetro maior ou igual a 4 mm. Como a densidade de cabelos é diferente nas diversas etnias, é fundamental a informação a este respeito.
A coleta do material pode ser feita por bisturi ou por “punch”. Após a remoção, o fragmento deve ser colocado imediatamente em frasco estéril em solução fisiológica também estéril e mantida na temperatura ambiente. O material deve ser levado imediatamente ao laboratório de microbiologia. Descrever o tipo de amostra e os possíveis micro-organismos é importante para a seleção dos meios de cultura e interpretação dos resultados.
Importante: O IDAP não executa exame de cultura para microbiologia
Corte um fragmento da parte distal da lâmina afetada com queratose e debris, que tenha, no mínimo, 5 mm no sentido horizontal da unha. A largura do fragmento deve ter 2 mm. Se a unha estiver curta, vale a pena esperar crescer. Fragmentos muito distais ou finos podem acarretar falsos negativos e dificuldade na manipulação histológica. Para enviar ao laboratório, coloque o fragmento num frasco vazio ou saco plástico. Não é necessário colocar formol ou qualquer outro líquido.
Doenças bolhosas autoimunes
- H&E: saucerização de bolha intacta, se possível, ou saucerização ampla da borda da bolha;
- IMF: pele perilesional a 1,0 cm da bolha.
Epidermólise bolhosa
- Saucerização de bolha intacta, se possível, ou saucerização ampla da borda da bolha.
Vasculite
- H&E: “punch” ou shave profundo de lesão purpúrica bem estabelecida;
- IMF: “punch” ou “shave” profundo de lesão recente (menos de 24 horas).
Paniculite
- Biópsia incisional profunda.
Lúpus e dermatomiosite
- H&E: biópsia por “punch” bem estabelecida, porém, ainda em atividade;
- IMF: em biópsia por “punch”, escolher lesão estabelecida, em atividade.
SJS/ TEM vs SSSS
- Biópsia por “punch” ou “shave” com representação de toda a espessura da epiderme.
Alopecia cicatricial
- H&E: “punch” de 4 mm de lesão estabelecida em atividade;
- IMF: “punch” de 4mm de lesão estabelecida.
Alopecia não cicatricial
- Para alopecia figurada ou eflúvio telógeno, “punch” de 4 mm de lesão estabelecida;
- Para alopecia areata ou sífilis, “punch” de 4 mm de lesão estabelecida recente.
Referências
- Dirk M. Elston, MD, Erik J. Stratman, MD, and Stanley J. Miller, MD. Biopsy issues in specific diseases.
- J Am Acad Dermatol 2016;74:1-16